Corina Flores
artista plástica

"Picasso já dizia que a inspiração vem enquanto o artista está trabalhando. Para Leonardo Da Vinci, “arte é coisa mental”. Em reflexão, posso dizer que o fazer artístico não se esgota somente na expressão. Há a intuição, o gosto, o senso estético. Mas há a construção do olhar. Construção! Aqui é possível entender a frase “arte é coisa mental”, visto que existe o conhecimento, a pesquisa, o experimento, as estratégias, os erros e acertos que compõem o trabalho do artista no ateliê.

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Frustrações, alegrias, emoções, memória afetiva, conhecimento adquirido, aplicação de técnicas, tentativas... Essa é a atmosfera do ateliê. Esse é o trabalho (razão e emoção) do artista. Assim entendo o fazer artístico: um pensar sobre a significação de arte, um fazer com sentido, inspiração e intuição: um estudo permanente olhando o entorno e o interior, as referências teóricas e o aprimoramento estético.

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No meu ateliê as pinturas, objetos, estudos e materiais convivem e ficam expostos como se um jardim fosse. Os trabalhos são elaborados em séries de pesquisa. Em algum momento há uma suspensão do processo para atender algum pedido especial fora das séries. O trabalho contínuo proporciona descobertas, mas também promove a certeza de que nada é certo, acabado, fechado. Como dizia o artista Giacometti: “não é isso, ainda não é isso!”. Assim, a pesquisa fica sempre em aberto, a criatividade sempre latente, o novo sempre à porta". Corina Flôres